Quando os deixei jogados no canto da insensatez;
Quando não quis aprender com as loucuras do teu coração
E não esforcei-me em amar suas lástimas matinais.
Eu fracassei quando abortei a esperança
De reescrever uma nova história,
Quando fiz-me de ingênuo
Por não acreditar na canção dos teus gemidos,
Quando recusei dançar no sabor dos teus beijos
E não enlouqueci-me na ternura dos teus desejos.
Eu fracassei porque algemei teus sentimentos;
Os privei dos meus contentos, com lamentos parafusei a dor
Dentro de mim; como uma praga sem fim,
Não deixei teus sonhos voarem como pássaros
Pelos campos da cumplicidade.
Eu fracassei... isto se vê escrito nas nuvens escuras do céu,
Nas águas amargas da cachoeira, nas manhãs cinzentas de cada horizonte.
Confesso... eu não fui incauto,
Mas cometi o pecado do fracasso
E violei as regras do amor...
O escondi em meu mundo; o feri com farpas...
Deixei os sentimentos se perderem no lado sombrio do tempo.
Eu fracassei porque abandonei teus conselhos
Quando pedia-me há tempo para amá-la
E desisti de encontrar a estrela Dalva no fundo do mar.
Poesia de @poetaAlagoano.