Ele conversa com a gente e o coração sente que um dia acabará a alegria
E os olhos não enxergará mais.
Esse instante é temível, nem a escuridão de um porão evidencia a maledicência.
É arco-íris das trevas, desespero que ninguém espera.
Como explicar tudo isso? O que dizer dessa angustia?
É uma melodia assombrosa, vendaval de tristeza que flerta nossa esperança
E leva vidas a um mundo desconhecido.
Seu poder é infinito, cama sem esperança,
Ela é inimiga da gente, é a mãe das tatuagens do corpo, maior marca da vida.
É ruína sem reconstrução, destino letárgico do coração.
Que lei é essa que sobrepõe sobre a vida,
Acolhe tantos quantos forem sucumbidos por suas teias de lamentações?
É reflexo da finitude, do ápice daquilo que é misterioso, sombrio, dona de toda sutileza.
Ah! A morte não liga pra ninguém,
Não respeita o tempo nem tem dó dos sentimentos.
Ela é ranzinza, bexiguenta da destruição... ela não pede carona tampouco seleciona suas vítimas.
Poesia de @poetaAlgoano.