o Novo Homem das Cavernas.
Espécie nova, faltoso de bom espírito,
o que com violência mais violência gera!
O dedo em riste, olhar de briga.
Homem que é homem conversa!
Se nervoso, vai logo para cima.
Nunca se afasta, se acalma ou espera.
[Mulher, nunca aguente quem te oprime!]
[Abaixo o Novo Homem das Cavernas!]
Homem novo de um tempo velho.
Pouco em jogo e a confiança se quebra.
[O Novo Homem é feito de sorrisos e tem amigos, ainda assim, covarde, um agressor de mulheres!]
[Um minuto sozinha, a mulher logo se sente desprotegida por achar que não é ninguém se não estiver acompanhada. De pronto, o Novo Homem das Cavernas ataca, a seduz então, prometendo a melhor das vidas, mas continuará raso, progressivamente perigoso.]
Começa assim o ciclo de violência contra uma mulher:
Mulher frágil, carente e triste,
vítima perfeita por vários nomes.
Macho, viril, o que a conduz, destemido,
falso forte, longe de ser verdadeiramente um Homem.
[Seja em extinção ou apoiado em uma superestimada maioria, nunca se engane, o Novo Homem das Cavernas é um bandido e também um doente. Quem agride, antes se revela também um fraco! Homem que é homem de verdade, respeita e protege; é consciente da sua força física!]
Ciclo mortal, opressor e oprimida.
Há de se dar um basta, um tratamento.
Foi agredida? Grite, denuncie!
Com violência mais violência se gera!
[Abaixo a covardia e a opressão; e vamos juntos, homens e mulheres, na construção de um mundo civilizado! Abaixo o Novo Homem das Cavernas, o eterno sujeito raso!]
Poesia tirada do Blog Roberto Camilotti.