Descanso Que Quero (Charlan Fialho)

Vou-me embora para Tristão da Cunha
Encontrar minha querida, sentir a inaudita.
Lá eu posso pensar na cinderela,
Vestir as roupas da passarela,
De uma paz que não se explica.

Lá o sonho não se esmera,
A aurora sempre acorda,
A melodia é o repouso sem paúra
O descanso sempre à porta.

Vou-me embora para Tristão da Cunha
Lugar remoto, que alivia o motim da sorte.
A habitação da prole perfeita.
Onde o monstro não tormenta
E folga de harmonia o coração,
Diante da manhã famosa,
Onde o sol se acorda e desnuda a esperança.

Lá o distante é o conforto do mundo,
É sem preocupação de iracundo.
Vou-me para esse arquipélago do descanso,
Onde a natureza é aconchegante,
E o entediante se esconde.

Vou-me embora para Tristão da Cunha.
Ser feliz lá não custa, minha sogra será a beleza,
Conviver com a natureza e sua riqueza.
Viver sem obsessão, sem essa tal de civilização.

Poesia de @poetaAlagoano.