Faz-me despelar de paixão,
Arranha minha alma,
Fere-me com farpas de ciúme,
Entorpece meu respirar,
Como liquidificador tritura meu ser,
É porque escarro dores em mim.
Procuro minhas forças, mas não as (encontro), e tonto estilhaço-me!
Com passos lentos,
O restinho que me sobra
Esconde-me numa caverna em meio a solidão.
Nem sei sair sozinho por aí, andando na escuridão...
Sem lâmpadas, sem versos, sem flores para perfumar o jardim.
Como fazer para costurar o desprazer da falta de cobertor?
Sanar o frio do anoitecer que judia o coração?
Se amar alastra açoites em mim,
Sofro pela tarja de areia que suja meu corpo;
A demência trata-me como um esquisito na beira do abismo.
Assim, ficarei sentado nas brasas do pecado,
Queimando meu corpo com o cigarro da desilusão.
Poesia de @poetaAlagoano.