Pobre de Mim (Charlan Fialho)

A solidão deixa-me carente,
Pirado com medo de sofrer,
Confuso com os dissabores da gente,
Sem caminhos para viver.

Bloqueia-me sem razão,
Deixa-me na contramão da emoção,
Deplorado, jogado no chão.

A escuridão sobressai como uma ponte no horizonte;
A separação outorga esse descontrole de amar;
Não irei mais adiante, queria assim flutuar
Sem conter as lágrimas de uma equação de saudade.

Sinto-me um delinquente sofredor,
Aleijado no amor,
Falido sem pudor.
E quando me procuro,
Não me encontro sequer um segundo...
De destreza vou vivendo,
Nesse amor enlouquecendo.

Pobre de mim, que chora sem exageros...
Que se perde no tempo
E tropeça nesse vale de amargor!

Poesia de @poetaAlagoano.